quinta-feira, 2 de junho de 2011

Álcool X Dependência

As drogas acionam o sistema de recompensa do cérebro, uma área encarregada de receber estímulos de prazer e transmitir essa sensação para o corpo todo. É através desse sistema de recompensa que as drogas agem causando prazer ao usuário. As drogas atuam na comunicação entre um neurônio e outro, na chamada neurotransmissão.
As drogas psicotrópicas agem alterando essas comunicações entre os neurônios, podendo produzir diversos efeitos de acordo com o tipo de neurotransmissor envolvido e a forma como a droga atua. Um exemplo de droga pscicotrópica é o ÁLCOOL. Atua no SNC provocando uma alteração no comportamento das pessoas que fazem uso, além de ter potencial para desenvolver dependência. O álcool é uma droga psicotrópica, porem tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade.
         
Mesmo tendo uma grande aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas quando em excesso passa a ser um problema; podendo gerar acidentes de trânsito, violência associada a embriaguez. O consumo de álcool a longo prazo pode provocar quadro de dependência conhecido como alcolismo.
A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que se diferenciam em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora. 
A fase estimulante: logo após a ingestão do álcool podem aparecer os efeitos estimulantes que são - euforia, desinibição e facilidade para falar. Com o passar do tempo aparecem os efeitos depressores como a falta de coordenação motora, descontrole e sono. Em alguns casos quando o consumo é exagerado pode levar o individuo ao estado de coma.
Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as características de cada pessoa.
         O consumo de bebidas alcoólicas também podem desencadear  efeitos desagradáveis como: dor de cabeça e mal estar geral.

MECANISMO BIOLÓGICO DE DEPENDÊNCIA
A pessoa torna-se alcoólatra à medida que prolonga e repete o uso nocivo do álcool e surgem as ressacas de repetição. O que é a ressaca? De alguma forma, é a resposta do cérebro a uma dose excessiva de álcool.
Existem dois componentes da ressaca. Um é o componente tóxico do álcool. Um vinho de baixa qualidade provoca pior ressaca porque contém mais impurezas, mais metanol, mais chumbo. O outro componente é a ação farmacológica do álcool no cérebro. O álcool é um depressor do sistema nervoso central e o cérebro responde com o efeito rebote se exposto a quantidades maiores dessa substância. Ao contrário do efeito relaxante e agradável das doses iniciais, a pessoa acorda no dia seguinte à bebedeira mais excitada, irritadiça, inquieta e ansiosa, mas se sente melhor se começa a beber mais cedo, porque alivia os sintomas da crise de abstinência. As ressacas de repetição fazem parte dessa síndrome e são uma forma de o corpo demonstrar que se ressente da falta do álcool.
Dessa fase em diante, a pessoa bebe não mais porque seja agradável nem socialmente oportuno, mas para atenuar o desconforto provocado pelo próprio álcool. Esse é mais ou menos o mecanismo biológico da dependência de álcool. Quando o quadro se agrava, as pessoas já despertam com tremores, suando, muito irritadas e tensas. Bebem pela manhã para se sentirem mais calmas e continuam bebendo durante todo o dia para aliviar os sintomas de abstinência.
Os sintomas de abstinência vão ficando cada vez mais freqüentes e intensos  e a pessoa tem de usar a própria substância com que se intoxicou para aliviar os sintomas. Nisso se constitui basicamente o mecanismo da dependência.
         Os dias serão ruins se o dependente não beber. O tremor e a irritação aumentam e ele não consegue controlar-se nem funcionar direito. É um mecanismo parecido com o da dependência do cigarro que, de certo modo, é mais poderoso ainda. Os sintomas de abstinência são intensos, porque o cérebro reclama da falta de nicotina. No caso dos alcoolistas, reclama da falta de álcool.



Autoras: Andressa F. Tavares, Bianca F. Ferrari, Maria Júlia D. Perrone, Mariana R. Alves, Talissa Fernanda S. Adala.